sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Pausa para a crónica - Que Droga !


Hoje vamos falar sobre drogas. Isso mesmo, que estão a ler, Drogas. O assunto levanta sempre imensa discussão, toda a gente opina e é um tema com milhares de textos e vídeos informativos. Nem sempre bons! Não quer dizer que o meu vá ser. Mas vamos tentar.

É que dizer “Epá não te metas nessas merdas, faz mal”, não é grande coisa. Percebam isso!

Vou tentar dar uma opinião clara e sem tabus em relação a esta questão. Não me levem a mal, é uma opinião, não eu não sou propriamente entendida na matéria, ou seja não uso drogas, e já vos vou explicar porquê.

Sou uma pessoa de vícios, todos somos mas uns mais que outros. Por exemplo ruí as unhas até aos 22 anos, só deixei de roer, quando coloquei um aparelho nos dentes, e só porque não dava jeito nenhum. Outro exemplo, não gosto de café, não gosto mesmo do sabor, mas bebo! Bebo não… morro se não beber um café de manhã, logo sou estúpida e viciada em cafeína. Sou daquele tipo que diz que sem café, fico com dor de cabeça. Logo sou parva, porque não é café que controla isso. Último exemplo, sou viciada em nicotina. Muito viciada.  Admiro muito aqueles fumadores regrados que fumam os seus cigarrinhos a seguir às refeições, ou fumam um ou dois cigarros. Admiro, mas não entendo! É como os fumadores de “festa”, “social” ou de “noite”, epá o que é isso? Não percebo.. ou se fuma ou não se fuma!! Enfim.. adiante, se calhar vocês é que tem razão! O meu caso não é esse, logo sou atrasada porque gasto montes de dinheiro em tabaco que por acaso até me faz mal e que por acaso até nem gosto do cheiro e dos efeitos secundários.

Posto isto, está explicado, a razão pela qual eu tive o meu tempo de experimentar algumas coisas. E também está explicado a razão pela qual não continuei. Porque quem tem rabinho, tem medo, jovens! A malta nessas idades parvas acha que controla tudo e é tudo nosso, mas na realidade não é assim, todas as drogas e atenção o Álcool e o tabaco são drogas legais, criam dependência, e aí é que está a merda! Muitas vezes não depende da nossa vontade, é mais forte que nós. Para além da dependência, provocam malefícios a longo prazo, que te podem fritar o cérebro, queimar o pulmão ou explodir com o teu fígado!! Nessas idades parvas, é tudo muito giro, sou o maior! bebo mais, fumo mais, meto ácidos e curto bué a coca!! Ya… que lindo! Mas depois quando chegares a uma idade mais à frente, se chegares, claro! Não te queixes de ter alguém ao lado da tua cama de hospital a dizer -  sim és o maior! O maior merdas!

E vocês estão agora a pensar, mas esta gaja experimentou e agora está para aqui com lições de moral! Passo a explicar, eu estou-me a cagar para as drogas. O problema não são as drogas, elas existem desde o tempo dos Deuses do Olimpo, sempre existiram e vão continuar a existir! O problema são as pessoas, são vocês e eu. São putos armados em campeões, são pitas cheias de má intenção.

A vida é de cada um, e as pessoas se não experimentarem não sabem. Ok.. Experimentem, mas tenham noção das coisas, informem-se do que vão tomar ou fumar ou qualquer coisa, não façam as coisas á toa, só para fazer bonito em frente aos outros, não façam para que alguém veja que vocês são muito bons, não façam sem saber as quantidades que podem tomar sem vos dar uma coisa má, não façam sem saber o que as coisas vos vão fazer! E se gostarem, não repitam! Experimentar, é uma vez, e chega! Pode tão correr mal.

Isto é o que eu penso em relação aos ácidos, à cocaína, heroína etc.. acho isso tudo degradante! E não é preciso experimentar para saber que isto é uma merda e que tem grandes possibilidades de te lixar a vida toda!

Já em relação á erva! Pronto. Lá estão vocês a pensar. Drogadita de merda! Errado! Eu tive recentemente numa cidade chamada Amesterdão, que quem não conhece acha que aquilo é a puta da loucura (e é, mas não pelo que as pessoas pensam), é só droga e broas e sexo por todo o lado. Epá não é .. é tudo muito bem organizado e com regras próprias que fazem da cidade o espectáculo que ela é. Torna-se frequente, ver pessoal da idade dos nossos pais e avós a fumar a sua ganza, no final de um dia de trabalho, cheio de tranquilidade. Aqui os putos experimentam e cai o mundo! “ É um drogado, já vai acabar a dar no cavalo, vai morrer disso e trinta por uma linha”. Não sou assim tão dramática, mas não quer dizer que não possa acontecer, mas não é a erva, que o leva à toxicodependência etc, ect.. foi mesmo ele que foi um grande burro!!  

As pessoas são otárias e tem de deixar de ser, fumar uma, de vez em quando, aceito. Passar a vida nisso e até achar que se pode passar ao “nível” seguinte e seguinte, é estupidez e só dá vontade de lhe partir a boca toda!

Escusado será dizer, que sou a favor da venda livre de drogas leves no país, acabava-se com muitos problemas e para além disso se fosse legal, metade dos putos de 12,13,14 e 15 que andam por aí de charro na boca, deixavam de achar piada.

Fica então dada a minha opinião, isto é um assunto muito mais complexo do que aqui esta e tem muito mais que falar. Mas eu não queria deixar de frisar, o que para mim é mais importante, isto é, não sejam otários, pensem nas coisas, não vão pela cabeça de ninguém e tenham responsabilidade pela única vida que têm.  Porque vocês até podem ser uns irresponsáveis, mas têm de certeza pessoas que gostam de vocês, que dependem de vocês e que de certeza vão sofrer com as vossas brincadeiras.    
Tenho dito!






quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Pausa para a crónica - Caros senhorios de uma cidade chamada Lisboa

Caros senhorios de uma cidade chamada Lisboa,

Compreendo que a vida está muito difícil por cá, neste país arruinado.

Não esta a ser fácil para vocês, nem para mim, nem para tantos iguais a nós. Mas o absurdo que vocês cometem quando publicam as vossas casinhas para arrendar e que ainda tem a puta da lata de chamar de renda, é gozar com a cara das pessoas!

É gozar com a minha cara! Por acaso tem alguma ideia como é que eu, uma jovem de 25 anos, solteira, trabalhadora e boa rapariga, pode pagar o que os senhores exigem para deixarem habitar as vossas casinhas? Por acaso fazem ideia de que muitas das vossas exigências são superiores aos ordenados da maioria das pessoas deste país? Por acaso entendem que pedir 500 euros por um t0 podre e que mal lá cabe uma pessoa, devia ser crime? Por acaso entendem que um t1 (supostamente feito a pensar no início de vida e em quem não tem perspectivas de casar e ter família a longo prazo) de 600 euros é um roubo?

Não, não entendem! Não entendem, porque aos senhores só interessa encher o rabinho. Às vezes têm 5 prédios na mesma rua e puxam o preço ao máximo, porque o que interessa mesmo é ganhar. Ganhar com o esforço dos outros, com a necessidade e a dificuldade de quem vai passando mal, vai comendo mal, vai dormindo mal, para vocês, caros senhorios de uma cidade chamada Lisboa, passearem nos vossos belos carros, fazerem férias nas Caraíbas, terem os putos no colégio e serem considerados pessoas de bem.

Por acaso já pensaram que existem pessoas solteiras, com ordenados médios e que tal como as outras, gostavam de ter uma casinha, pode ser pequenina, a sério que pode! Pode chover naquela a parte da cozinha, nós limpamos! A sério! Posso tomar banho sentada? Posso claro! Mas não a pagar uma renda de 300 euros! (Já fui ver uma casa tão pequena, tão pequena que o banho era sentado) A serio! É verdade!

E as anedotas que apanhamos nos sites imobiliários? Casas completamente a cair, que têm rendas na ordem dos 400 euros, os t0 que têm o mesmo preço dos t1 ou t2, é tudo igual para esta gente! As casas modernas, ou seja, casas sem ser em prédios centenários, com 200 escadas para subir? Essas então nem pensar, menos de 600 euros é mentira! Andar de elevador em Lisboa, é só para quem pode!

Pois é caros senhorios, os jovens deste País não conseguem seguir os seus sonhos. Não há trabalho, quando há trabalho compramos um carro a custo ou não compramos como é o meu caso, vivemos até ao 40 anos em casa dos pais ou não vivemos como é o meu caso, compramos casa ou não nos dão empréstimo como é o meu caso, temos paizinhos abastados ou não temos como é o meu caso, pagamos rendas estúpidas ou se não pagamos vivemos em quartos caríssimos que estão próximos do valor de uma renda de uma casa ou vivemos em casas sem as melhores condições como é o meu caso. Muitos foram, aqueles que já partiram, e com razões para isso. É cortar nas nossas Asas todos os dias, é ouvir constantemente um não à realização de uma vida normal.

É pedir muito? Trabalho todos os dias, levanto-me todos os dias com ânimo porque felizmente, faço parte daquela pouca % que tem trabalho. Será pedir muito uma casa digna com uma renda digna que eu possa pagar, sem que para isso tenha que deixar de comer, viver, sonhar? 

Talvez seja, caros senhorios! Neste país e nas vossas mentes doentias com mania da riqueza, nas mentes cruéis de uns governantes atarantados que não fazem a mínima ideia do que é lutar todos os dias.

Porque a nós caros senhorios, às pessoas como eu, as casinhas não nos caíram do céu para que nós as possamos arrendar e sentar o cu, a ver o dinheirinho cair. A nós, as coisas não apareceram feitas, somos nós todos os dias que lutamos para as fazer.

Eu, caros senhorios, sou apenas uma jovem da terra, que veio parar a Lisboa para ter trabalho e que queria apenas uma dessas vossas casinhas para viver. Ah pois, mas isso é pedir muito. Desculpem!

Sem mais assunto,

Valentes caganeiras e solturas, para todos os otários que andam a publicar casinhas com rendas absurdas, pelo menos para pessoas com ordenadinhos e vidas justinhas, com eu!


Inês Ramos



quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Pausa para a crónica - Velas, lareiras e abraços quentes


Já disse que detesto o Inverno? Irra, detesto mesmo! Eu devia ter nascido num país tropical, quentinho todo o ano, praia todo o ano, chinelo no pé todo o ano! Ainda tenho o sonho de ter o meu barzinho de praia, algures no meio do Pacífico ou do Índico, quem sabe.

Detesto tudo no tempo frio, a preguiça e sono que me dá, não gosto da roupa de Inverno, não gosto de neve e também não me atrai nenhum desporto relacionada com ela. Detesto chuva e as constipações que apanho mês sim, mês sim, durante esta época.

Odeio as golas altas e a cama fria! Não gosto de festas no Inverno a não ser o Natal, não posso com vendavais. Se pudesse de Novembro a Março, não vivia em Portugal. Detesto a falta de vontade e dificuldade em sair da cama numa manhã de Janeiro. Não gosto do Carnaval, pelo menos o português.

Só há uma coisa que o Inverno lembra, que eu amo de paixão. A abençoada lareira! Eu adoro lareiras! Como a combinação lareira, vinho e livros é estupenda, quando lá fora chove, neva ou ventaneja. A lareira combina com coisas tão boas, combina com família, amigos e amores, combina com vinho e abrigos, com pés quentes e tapete no chão da sala. Combina mesmo…

Combina tão bem, como as velas espalhadas na escada, no quarto, no banho. Também adoro velas. Quando estou em casa, adoro a penumbra, o meio perceptível, a vela queimada. Velas também fazem grandes combinações, condizem com amor, amor feito, amor bonito, amor amado, combinam com paz e a calma recuperada, combinam com chocolate.

Velas, lareiras e abraços quentes, tornam o tempo menos gelado e aquecem as almas cansadas, mas passa rápido Inverno, tenho saudades do mergulho salgado.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Pausa para a minha opinião - Sobre a Praxe, a Brincadeira e a Estupidez

Não gosto de escrever sobre actualidade, notícias, tragédia nem morte. Não sei porquê, escrevo sobre tanta coisa triste, mas nunca me dá para isso. Talvez porque sinta que não tenho autoridade para mexer nas dores dos outros, costumo agitar, expor, denunciar dores, mas só as minhas.

Hoje, li um texto de um Blog chamado “Pés no sofá”, sobre a tragédia no Meco. Na minha opinião muito bem escrito, como aliás as restantes publicações. Mas não concordo com a opinião do autor.

Custa-me falar disto, porque não sou mãe, e não posso sequer imaginar a dor que aqueles pais sentem. A dor incalculável da perda, a saudade imensa, a dúvida do que realmente aconteceu naquela noite. Embora nada traga estes jovens de volta, acho que estes pais têm todo o direito de apurar a realidade, de julgar quem quer que seja, de apertar com a Comissão de Praxes, para tentarem de algum modo, aliviar a dor com a verdade.

Mas nós não, nós que não estamos a passar por estas dores imensas, não podemos pôr tudo no mesmo saco. Muito menos sem provas. Não sou contra a praxe, acho que até um certo ponto e respeitando as liberdades individuais são benéficas. Já fui caloira, já fui veterana, certo que em uma universidade com uma praxe soft, mas sei do que falo. A praxe é importante para o jovem que acaba de chegar a um mundo que não conhece, a praxe deve servir para dar a conhecer a esse jovem, novas pessoas. A praxe não serve para pôr ninguém em perigo, nem para ofender, nem para humilhar.

Quando a praxe passa essas barreiras, passa também os muros das universidades, é importante que as autoridades dêem atenção a casos extremos de abuso do ser humano. De qualquer das formas, o responsável máximo pela nossa integridade física e moral, somos nós mesmos. Ninguém faz nada obrigado, e o direito a dizer não, deve fazer parte das praxes. E faz.
A comissão de praxes, não passa de uns estudantes normalmente divertidos e com a mania que mandam mais que outros, porque têm mais matrículas. Mas na realidade não passam disso, e se abusarem devem ter o mesmo tratamento que se dá a qualquer pessoa que abuse ou nos perturbe.

Quanto ao que se passou no Meco, eu não sei. Sei apenas que o que se passou foi uma irresponsabilidade da parte de todos, um erro fatal de jovens, não tão jovens assim que podiam e deviam ter medido as consequências. Se o sobrevivente, o Dux de praxes tem culpa? Eu acho que ele tem que abrir a boca e falar tudo o que sabe, mas não acho que ele seja culpado. De certeza absoluta que ele não arrastou sozinho, seis pessoas para a praia.

Acredito que isto preocupe qualquer pai, e o facto de saber que há pessoas que cometem as maiores loucuras só para fazer parte de alguma coisa, também me preocupa. Espero que estes exemplos, infelizmente tão tristes, levem os jovens a pensar um pouco mais, aqueles que são responsáveis pela praxe, devem ter limites e saber até onde podem ir, os jovens que vão entrar para a universidade, não podem ceder a tudo o que é pedido. Devem explicar que gostavam de fazer parte da praxe, mas não da maneira estupida que é exigida. Sem medos, sem pressões.. A praxe, e que me perdoe a tradição, o traje, Coimbra e afins, não passa de uma brincadeira e é apenas assim que deve ser encarada por todos. Dizer que não, não tem problema nenhum. Não fazer, não ir, e quem não gostar, temos pena!

Não sei se o que se passou ali era uma espécie de ritual de admissão, mas também se é, a Comissão de Praxes da Lusófona, deve rever bem os seus conceitos, é que não se percebe! Vão beber copos e deixem-se de merdas!

Cabe na cabeça de alguém ir para a praia do Meco de noite e no Inverno? Caderninhos com características das pessoas? E se fossem para as aulas tirar apontamentos? Andam os pais a gastar dinheiro, que às vezes nem têm, para os filhos andarem a analisar pessoas e a criar normas de entrada na comissão. Ganhem juízo, isto aqui fora é uma selva, não aproveitem aí, que cá fora já vão ter gente suficiente a pôr entraves, a julgar, a atribuir nomes e características.

A morte é a coisa mais certa que temos, podemos morrer ao atravessar a rua. Mas colocar a vida em risco por coisas tão pequenas, a mim não me entra na cabeça. É o medo que protege o ser humano, não tem mal nenhum ter medo, se não o tivéssemos, vivíamos metade do tempo.

Fica a opinião de alguém que nunca foi por ali, só porque eles dizem que é por ali. Que nunca fez nada na sua vida de estudante contrariada, para agradar ou para ser mais aceite.




Pausa para a crónica - A vida não dá só voltas.. dá lições.


A vida não dá só voltas.. dá lições.
Quanta verdade virá ? Quantos vão sofrer as consequencias da porcaria que fizeram a vida toda? Quantos? Quantos amores ficaram pelo caminho? Quantas pessoas vão viver pela metade? Quantas histórias podiam ter sido diferentes? E quando é o fim? Quando é que as pessoas param de empregar as palavras mal? Quando é que as pessoas deixam de ser uma imitação de alguém e passam a ser um original? Quando é que seremos verdadeiros? Sem medos de ser. Quando é que as pessoas vão parar de olhar só para o seu maravilhoso umbigo?

Há momentos na nossa vida, que tudo está errado. Mudávamos tudo, o lugar, as pessoas, o que ouvimos, o que fazemos e o que somos. Lutamos para chegar a um ponto e agora que  chegamos, já não queremos mais estar aqui, parece não fazer sentido nenhum. As pessoas que foram o nosso mundo, seguiram caminhos diferentes e já não se importam, sentimos que não pertencemos aqui, mas também não sabemos de onde somos.  Casa não é sinonimo de lar,  amigo não é sempre sinónimo de  amparo, trabalho devia, mas não significa felicidade.  Amor não significa paz e  viver bem nem sempre é viver bem.
As pessoas cresceram, mudam e mudaram-se.  O nosso valor também se altera, assim como se alteram os nossos sentimentos, o nosso pensamento e o que um dia pensávamos que era bom. As pessoas abandonam-se na maior parte das vezes, porque as pessoas são más, egoístas, as vezes cruéis. As pessoas desiludiram-me… os egoístas, os fracos de cabeça, os influenciados, os mal agradecidos, os desistentes, aquelas que a falta de humildade roça o ridículo.. eu desiludi as pessoas.
O lugar, sentir que estamos no lugar errado, á hora errada. Vida passada onde não pertencemos. Sem lar, sem essência, não pertencemos a sítio nenhum. São as mesmas árvores, os mesmos pássaros, as mesmas ruas cinzentas, os mesmos bons-dias, todos os dias.
A vida não dá só voltas.. dá lições.
Quando é que as pessoas param de falar das notícias e do tempo, e começam a falar de sentimentos? E de quantos encontrões precisamos para nos sair a verdade? Meia gente, meia verdade, meio amor, meia merda, perdão meia não! Merda completa ...
A vida não dá só voltas.. dá lições... FELIZES AQUELES QUE CONSEGUEM APRENDER ALGUMA COISA.
 
 
 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Pausa para a Poesia - Início, Meio e Fim


Disse que eu era tão rara, é incontrolável, dizíamos

Era real, essa paixão que não foi,

Amor não é amor, sendo assim tão findável

Esquecemos tudo e partimos para nos encontrarmos

Com falsas penas, de quem mata com tom amigável

Arrependimento na pele cortada por gelo desiludido,

Vens e bebes em mim, e vens..

E voltamos a engolir o sentimento meio fingido,

E passas por mim, como se abanasses o templo

E matas-me, vens e bebes em mim, e vens..

E choras, esmagas orgulhos, com o teu olhar

Disse que eu era tão fria, é amor, dizíamos

Era certo, essa certeza que nunca existiu

Vida não é vida, sendo assim metade

Esquecemos tudo e partimos para nos afastarmos

Com falsas esperanças, para nunca mais voltarmos

Saudade na pela suja, pelo errado,

Vais e não me segues, e não vens..

E voltamos a seguir as vidas do costume

E passas por mim, não nos vemos

E eu vivo, vais e não me segues, e não vens

E ris, vives e morres a tentar ser assim feliz.








quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Pausa para a música - Pearl Jam

Tenho cometido aqui uma falha grave, tenho partilhado no Asas alguma música, na maior parte música cócó, como eu lhe chamo, ou seja aquelas baladas lamechas, que em certas fases da vida, eu preciso! Atenção que eu sou bastante apreciadora de alguma música brasileira, e de modo algum, quero falar mal dela.

Mas nunca falei aqui, nem mencionei uma banda que já muitas vezes “me salvou a vida”, algumas pessoas com quem eu falo, têm aquela banda ou cantor ou música especial. Eu também tenho!

Não raras vezes, já tive que ir, com urgência, ouvir uma música deles ou simplesmente a voz dele e não é que isso me faz sentir melhor? Não sei explicar, mas não há ou pelo menos ainda não descobri, voz e artista que me transmitisse tanto.

Estou a falar claro, de Eddie Vedder e dos Pearl Jam. Para mim, verdadeiros deuses na terra.

Não preciso de falar muito sobre o trabalho da banda, têm milhares de fãs em todo o mundo e em Portugal também encantam uma legião.
Formaram-se em 1990, em Seatle, tocam rock alternativo, e foram considerados uma das bandas mais influentes dos anos 90. Lançaram dez álbuns, o ultimo no ano passado, intitulado Lightning Bolt. Actuaram em Portugal, 5 vezes e eu nunca lá estive. Se em 1996, 2000, 2006 e 2007 eu não dei grande importância, em 2010 doeu muito não estar no Optimus Alive. Em 2012, Eddie Vedder esteve a solo no Sudoeste, e eu também morri de pena. Da próxima vez, eu tenho que ir, mesmo que vá sozinha.

Gostava também de aproveitar, para referir uma coisa que me parece pouco divulgada em Portugal. “Into the Wild” é um filme de 2007, dirigido por Sean Penn, que conta a história de um jovem que recusa o materialismo do quotidiano, deambulando pela América e com o objectivo de chegar ao Alasca, onde longe do Homem e dentro da natureza selvagem, espera encontrar a paz.

O filme para mim é maravilhoso, mas a banda sonora a cargo de Eddie Vedder é mágica! Vale a pena! Este aliás foi o seu primeiro álbum a solo.


Escolher uma música é sempre complicado, gosto de muitas. Mas a primeira que vem ao pensamento, foi a primeira música deles que prestei atenção, chama-se Better Man. 


                                                                               

Pausa para divulgar outros - Bill Passman

Bill Passman é um ex-advogado americano de 59 anos, que mudou a vida toda. Deixou o trabalho e a vida confortável que tinha para se dedicar ao seu sonho de juventude, correr o mundo! Desde 2006, já esteve em 65 países.
É mundialmente conhecido e falado, pelo livro que lançou em 2011, Backpacking Around The World”, mas principalmente pela sua tatuagem.
Trata-se de um mapa mundo, que à medida que Bill vai conhecendo países, vão sendo pintados nas suas costas. Acho uma ideia tão engraçada!!
Mais do que uma ideia, a história de Bill é inspiradora, nunca é tarde para correr atrás dos nossos sonhos.


Machu Pichu, Peru

Kilimanjaro, Tanzânia

Quando for grande, queria muito ser assim!
Para quem quiser acompanhar a evolução desta Tatoo :

Pausa para a crónica – Ama-te mais, porque se não o fizeres, quem o fará?

Até aos 22 anos, eu pesava mais 10 Kg do que actualmente peso, ou seja cheguei a pesar 68 kg, isto num 1.56 cm, é drástico. É certo que nunca fui obesa, e não é a mesma coisa perder 5/10 kg do que perder 30 ou 40 (disso eu não sei falar). Mas acredito que tudo é possível, como força de vontade e disciplina. Dizem os entendidos que 70% do processo de emagrecimento é alimentação, e eu concordo.
Nunca me senti realmente gorda, sempre fiz desporto e isso ajudava a não ter propriamente gordura visível (a chamada banha), mas a verdade é que eu exagerava muito na comida, se não fizesse tanto desporto, na altura, talvez tivesse chegado facilmente a um peso muito superior. Eu sou muito bom garfo e para além disso sou gulosa. O meu problema não é sequer a fast food, passo bem sem ela. A questão é que eu gosto mesmo de comer.

O que vou aqui contar, pouca gente sabe ou pelo menos parecem não saber, eu perdi 10kg em 3 anos e nunca tive aquelas coisas “ estás tão mais magra”, talvez porque tenha sido lento e muito gradual, aposto que tenho amigos próximos que nem se lembram como eu era, que nem notam. Enfim.. deixa-os andar!! :P
A primeira mudança foi sem dúvida a alimentação e a minha maneira de encarar a comida. Hoje eu sei, como controlar o meu apetite, quando posso exagerar e quando devo entrar em modo clean, como eu digo “ semana de limpeza”. 
Não me privo de nada, simplesmente como porcaria menos vezes e reduzi para metade as quantidades das refeições. Durante a semana tento comer o mais saudável possível, para no fim-de-semana cometer um ou outro erro. Tento sempre fazer uma alimentação com base em cozidos e grelhados. 
No verão opto muito pelas saladas, no inverno vou mais para os legumes cozidos. Regra geral janto sopa (sem batata), evito ao máximo fritos, refogados e doces durante a semana. Nos primeiros três meses, eliminei completamente o arroz e a massa, agora como duas ou três vezes por semana. Introduzi a linhaça moída, que meto no iogurte do lanche da tarde, ajuda muito na regulação intestinal. 
Não levo isto como um frete, habituamos o nosso organismo a comer demasiado e mal, agora temos que o habituar a comer menos e de forma mais saudável, e acreditem é uma questão de hábito. Passei a minha adolescência a odiar brócolos, por exemplo, hoje se não comer duas ou três vezes por semana, sinto falta deles. 
Outra coisa que alterei foi a questão dos fritos, tudo o que se possa imaginar (rissóis, croquetes, panados,) normalmente frito, eu faço no forno, não é igual é certo, mas fica bom e é muito mais saudável. Não tenho óleo em casa, se tiver que usar alguma gordura é o azeite. 
Outra coisa que acho que as pessoas pecam muito é nos chamados “ ajudantes de cozinha” toda a gente sabe que os pratos ficam mais saborosos com caldos Knorr, polpa de tomate, massa de alho etc.. mas eu evito, limito-me as especiarias. 
Como passo muito tempo sem comer certas coisas, quando como, sabem 10 vezes melhor! Sim porque comer um bolo/chocolate uma vez por semana ou comer batatas fritas uma vez por mês, não mata ninguém!
A segunda coisa importante e que ajuda muito é o exercício físico, é inevitável e é uma questão de saúde, felizmente vê-se cada vez mais pessoas a correr na rua ou a caminhar. 
Eu sempre fiz desportos colectivos, achava que correr só por correr era uma seca, entretanto começamos a trabalhar e a vida muda. Inscrever-me no ginásio foi das melhores coisas que fiz por mim própria. Faz-me bem, e não é só estético, faz-me bem a saúde e limpa-me a alma. 
Hoje em dia correr 40 minutos a ouvir as minhas músicas, e sem pensar em nada, nem ter ninguém a chatear, é quase uma terapia. 
Não vou dizer que levanto 50 Kg com o dedo mindinho, seria mentira, mas não é esse o objectivo. Há mudanças ainda que pouco visíveis aos olhos dos outros, menos gordura abdominal e lombar, pernas mais definidas, e rabinho mais digno, e isto chega para me motivar.
O meu treino é essencialmente cardiovascular, embora vá introduzindo lentamente exercícios de força, vou 3 a 4 dias ao gym, faço de 1 hora de corrida ou elíptica, e essencialmente muito agachamento e exercícios de perna e glúteos. 
As aulas de grupo são óptimas para quem quer perder peso, embora eu não seja grande adepta, na minha opinião as aulas de grupo são boas para quem está com falta de motivação, felizmente ainda não me aconteceu, e para além disso acho que sou muito descoordenada. 
É no entanto preciso entender, que inscrever no ginásio e ir lá de vez em quando, olhar para os outros, por si só, não emagrece, é necessário doer e muito. 
É preciso muita força de vontade, muito suor e muita motivação. Os instrutores podem ajudar a criar um bom plano de treino, adequado a cada um, além disso a Internet e principalmente a blogosfera brasileira tem óptimas dicas e exercícios. 

Last but not least, é importante fechar a boca e dar às pernas, mas a nossa cabeça é crucial em todo este processo. 
O factor motivação é de extrema importância, pelo menos a meu ver. Infelizmente vai haver sempre alguém a deitar a baixo, vamos ouvir sempre bocas do género “não se nota nada”, “ não noto que emagreceste”, “ vale-te bem a pena andares no ginásio e comeres isso”, “não sei que andas lá a fazer”, se às vezes estas pessoas soubessem que estes simples comentários podem deitar todo um processo por água a baixo, metiam as palavrinhas num sítio que eu cá sei. 
E sabem que mais se ouvirem isto, mandem mesmo as pessoas passear, é a nossa vida pessoal e o nosso corpo, se a balança, a roupa e o espelho nos dizem que estamos a melhorar, as pessoas que vão pastar. 
Em segundo lugar não adianta guiar-se por ninguém, “aquela farta-se de comer e está sempre magra”, este processo não é uma competição com os outros, é uma competição, connosco próprios. 
Acho que temos de aceitar de uma vez por todas que as pessoas tem constituições e metabolismos diferentes, e verdade seja dita, há muita gente que engana, servem-se da roupa para disfarçar e conseguem, principalmente a mulher é perita nisso. 
Eu sei de uns quantos casos de pessoas “que estão muito bem”, vestidas são um 9 ou um 10, sem roupa são um 4,5. :D Pareço um homem a falar!! 
Não é esse o meu objectivo, eu não quero estar bem, quero sentir-me bem, sempre.
É necessário também, parar com as comparações com as celebridades e afins, muitas vezes elas não fazem mais nada da vida do que cuidar do corpo, fora tratamentos, maquilhagem e transformação fotográfica, o nosso caso, não é esse, trabalhamos 8 horas, limpamos, cozinhamos, passamos a ferro, muitas cuidam de marido e filhos, logo também não podemos exigir tanto de nós mesmos. 
E por falar em exigências! Nunca mudem ou façam nada porque alguém quer, ou para agradar alguém, é o nosso corpo e somos nós que decidimos como o queremos. Se for para mudar que seja porque eu quero!!! Ninguém tem o direito de inferiorizar ninguém pelo aspecto físico.
Há quem ainda julgue esta questão do corpo, uma futilidade, eu não acho, sentir-se bem na sua pele é um factor de felicidade. Ninguém gosta de ser gordo, assim como ninguém gosta de ser o trinca-espinhas, e por isso as pessoas tem todo o direito de tentar melhorar. É possível mudar, não deixem que ninguém vos diga, que é impossível. " Para quem tem pensamento forte, o impossível é só uma questão de opinião."

Tendo sempre em atenção que tudo o que é demais, enjoa. Quando isto se torna uma obsessão, as pessoas não precisam só de dieta e ginásio, precisam de ir ao médico. São situações muito complicadas, que envolvem verdadeiros problemas mentais, e ninguém precisa chegar a isso.
Espero que este texto motive alguém. Não esperem um desgosto amoroso, um ponto insuportável, o chegar ao limite, comecem hoje e agora! 

Não podemos fazer as coisas mal durante anos e esperar que tudo mude em um mês. É lento, doí no corpo e na alma, mas vale muito a pena. 

Hoje, como qualquer mulher que se preze, também tenho dias do "horror", o cabelo está péssimo, as calças custam mais a apertar, a roupa que usei a semana passada e que estava perfeita, hoje está horrível, etc.. mulher é assim. 

Mas regra geral convivo bem comigo própria. Gosto do que vejo, não interessa se agrado ou não, porque o meu corpo é a imagem do meu esforço, as minhas pernas são o reflexo das horas que corri, a minha barriga não tem 6 quadradinhos, é pena! mas tem vinco de sorrisos e gargalhadas. 
O mais importante é traçar a meta e trabalhar para ela, demore o tempo que demorar, sem pressas, sem pressão.

Ama-te mais, porque se não o fizeres, quem o fará? 

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Pausa para divulgar outros - Xavier Pereira :)

Esta divulgação é mega importante, o Xavier é um amigo e apesar da distância está sempre presente nos momentos mais importantes! :)
 
Sabem aquelas pessoas, que parece que advinham que estamos a precisar de ajuda, e com poucas palavras mudam o nosso dia? ele é assim..
 
e escreve no:
 
 
 
"...Quantas Vezes te deitaste em pensamentos breves?
e acordaste a pensar em quem nao deves
a prometer que ia esquecer de vez
mas o coraçao vê mais quem tu nao ves

Quantas Vezes disseste que era para sempre
e apagaste algures o que era tinta permanente?
cometes os mesmo erro a quente
convencido que à vigesima é diferente
Quantas Vezes contas? Quantas nao contaste?
Quantas nao demonstras? Quantas provocaste?
Quantas oportunidades perdestes?
Quantas desilusoes tu ganhastes?
Quantas oportunidades nao deste?
Quantas desilusoes tu provocastes?
Quantas vezes te remois com as coisas que ja lá vao?..."
 
<3
 
 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Pausa para a minha opinião - Cristiano Ronaldo


Hoje apetece–me falar de Cristiano Ronaldo, não vou falar de clubes nem de habilidades futebolísticas, nem mesmo de futebol, porque para ser sincera não percebo muito. Nem quero.
As pessoas são livres de ter as suas preferências em todas as áreas, os verdadeiros entendidos na matéria tem direito a expressar a sua opinião. Até aí tudo bem. Mas eu conheço uma data de portugueses que não têm preferência e na realidade também não são entendidos. São apenas do contra.
A mim, leiga na matéria, apenas me interessa uma coisa, é muito bom e é nosso! Cristiano Ronaldo quer se goste ou não é símbolo deste rectângulo que meio mundo pensa que pertence aos espanhóis. E para mim não há nada que me dê tanta satisfação do que chegar a qualquer país, quando me perguntam de onde é que eu sou e eu respondo Portugal, a resposta é sempre a mesma. Ah! Ronaldo! sim, não só, mas Ronaldo.. claro!
Portugal têm coisas fantásticas, começando nas pessoas, passando pela cultura e não esquecendo a paisagem. Sem desprimor para ninguém, porque os tempos mudaram e os meios também, mas em boa verdade, não houve Amália, nem Eusébio, nem Fado, nem Algarve, nem Saramago que fosse tão bom a dar a conhecer ao mundo, o país, como Ronaldo o faz.
É por isso que não entendo, esta mania portuguesa de desfazer do que é nosso, e tipicamente só lhe dar valor quando perdemos.
No outro dia numa Café no Chiado, um casal de espanhóis, perguntavam-me se os Xutos e Pontapés ainda existiam, sorri e respondi, sim e óptimos como sempre! Não oiço Xutos desde os 16 anos e então? O importante é não negar a nossa essência.
E Ronaldo é essência, não importa se gostamos, se não vamos muito à bola com o ar de importante que ele tem, não importa se o outro tem mais capacidades, não importa se ele namora A ou B.
A mim o que me importa é o facto de ser enorme no que faz, não negar nunca o seu país e ser como já deu provas disso, um gajo porreiro. O que ele faz á imagem, ao dinheiro e a vida é exactamente problema dele.
Existem tantas coisas neste país, que não nos podemos orgulhar, para quê complicar?
É muito bom e para mim é o melhor.
E isso nem que outro fulano com cara de pão sem sal, tivesse asas!


<3
 

sábado, 11 de janeiro de 2014

Pausa para a Frase e Música de um Sábado mais ou menos


(...)ir para a cama com uma mulher e dormir com ela são duas paixões não só diferentes como quase contraditórias. O amor não se manifesta através do desejo de fazer amor (desejo que se aplica a um número incontável de mulheres), mas através do desejo de partilhar o sono (desejo que só sente por uma única mulher)."


"A insustentável leveza do ser", Milan Kundera




Gabrielle Aplin - Please Don't Say You Love Me







Pausa Para a crónica - Os muros

A vida às vezes mete-nos em cima do muro, e nós sabemos que mais cedo ou mais tarde, temos que escolher um lado. A vida em cima do muro não é segura, nem confortável. Quando saltamos, sabemos que deixamos inevitavelmente coisas do outro lado. E dói…

Tu e eu tivemos demasiado tempo em cima do muro, tu nunca tiveste intenção de saltar, e esse foi o teu maior erro. Querer o impossível.

Quando não saltamos, não decidimos, não vivemos. E eu quero muito viver. Não saltas tu, salto eu…

Um dia acordo e percebo que subi esse muro, para dar valor a alguém que queira o que sou por inteiro, sem metades, sem espaço para mais ninguém, sem modificações, sem mentiras, sem ilusões. Porque se não for assim, então meu amor, eu não quero.


A vida segue, passa, e esquece os amantes imperfeitos, os muros e os amores impossíveis. E eu espero que passe… e que esqueça também.